sexta-feira, 19 de outubro de 2012

05/10 - Lisboa - São Paulo

Deixar Portugal é sempre muito melancólico para mim. Não sei porque, mas sempre saio de lá com muitas saudades. Saudades nem sei de que. Talvez saudades do que ainda não conheci...
Mas, a vida segue adiante. E lá fomos nós para o aeroporto.
E o aeroporto de Lisboa é bem estranho para os brasileiros. Pois para embarcar, todos entram por um mesmo portão, onde há a revista. Todas as pessoas são revistadas, naquele procedimento básico a que estamos todos acostumados, inclusive as pessoas que vão fazer vôos "internos" (vôos para os países da zona do Euro são considerados internos). Depois disso, entramos na área de embarque interno (só que sem nenhuma sinalização), onde tem praça de alimentação e lojas do free shop. Depois de comer e fazer suas compras, os brasileiros se encaminham para os portões de embarque de seus vôos e aqui é que vem a surpresa. Apesar de já ter passado pela alfândega, na revista, agora tem que passar pela alfândega que vistoria os passaportes. Há três filas, a dos passaportes com chip (que passam numas catracas tipo do metrô com o passaporte e é bem mais rápida, mas que só alguns poucos brasileiros têm), a dos passaportes da comunidade européia (que talvez por causa da crise, estava muito pequena) e a dos demais passaportes (onde uma fila interminável de brasileiros ficam a reclamar que vão perder o voo porque estavam no free shop e acharam que não tinha mais fila para pegar). Aqui é o maior barato. Os brasileiros reclamam que não sabiam e que o voo já está saindo. Os portugueses respondem que tem que esperar e que dá tempo de pegar o voo. Os brasileiros reclamam que os portugueses são mal-criados e grosseiros. Os portugueses acham que os brasileiros são todos folgados e mal-educados. E nós ali no meio... rsrs No final dá tempo de todo mundo pegar o voo, raríssimas exceções.
Para mim, muito divertido.
O que não foi nada divertido foi o voo de volta. Não sei porque, mas a TAP resolveu acabar com o voo noturno. Um verdadeiro inferno para as mães com crianças. O que fazer num voo de 10 horas (um pouco mais) para entreter uma criança. Em voos noturnos elas dormem. Mas nos diurnos, com um espaço tão restrito, haja criatividade. É caderno para desenhar, desenho para ver na TV do avião, joguinhos no tablet do pai, passeios pelo corredor com a avó (para fazer amigos), tentativas de sonecas que nunca acontecem, enfim, uma canseira só. Se um voo de 10 horas é cansativo para qualquer ser humano, imagina então com criança...
Fica aqui meu apelo à TAP (e todas as companhias aéreas que fazem voos longos): por favor, retomem os voos noturnos. As mães de todo o mundo agradecem.
Chegamos em São Paulo por volta das 9 da noite. E até pegar a bagagem, sair do embarque sem nem uma olhadinha no free shop (estava tão cansada que não tive ânimo nem para comprar chocolates), parar para a Marcela comer um pãozinho de queijo (acho que é o que ela mais sente falta quando estamos fora do Brasil), pegar um táxi com um taxista que queria por todo o custo conversar (e nós só queríamos dormir), chegamos em casa por volta das 11 da noite (ou 3 da manhã no horário português).
Foi só o tempo de escovar os dentes, colocar um pijama e dormir.
No dia seguinte abrimos as malas, separamos algumas coisas e fizemos novas malas para passar o final de semana em Santos. Afinal, tínhamos que levar a minha mãe e também votar. As eleições foram no domingo 07/10. E o melhor de viajar nesse período foi o de não ter que aguentar o horário político...rsrs











04/10 - Lisboa

Hoje, pela primeira vez na viagem, nos dividimos em dois grupos. A Marcela e o pai foram visitar o Oceanário, enquanto eu a a minha mãe ficamos passeando no shopping Vasco da Gama.
Não é que o Oceanário não seja digno de ser visitado não. É maravilhoso. Um dos maiores aquários de água salgada do mundo. Tem até bacalhau nadando lá dentro. Mas é que já o visitamos umas quatro vezes e minha mãe não passa muito bem lá dentro por causa do escuro. Sabe como é, com a idade, andar no escuro se torna um obstáculo muito sofrido de ser atravessado. Mas a Marcela não se cansa de ir lá ver os peixes, as raias e os tubarões. Porém, nos encontramos na hora do almoço, lá no shopping mesmo.
Depois, fomos para o centro de Lisboa (na Baixa). E lá, sempre é uma delícia caminhar. O dia estava lindo e a baixa cheia de turistas. Demos uma volta completa no elétrico (bonde) 12, cheio de turistas e alguns lisboetas. Fomos à confeitaria Nacional para comprar docinhos para trazer para minha avó. Tiramos fotos. Pena ainda não ser época das castanhas, o que deixaria nosso passeio perfeito.
A noite chegou, e por incrível que pareça, não esfriou. Jantamos por lá, e ainda deu tempo para subirmos no elevador de Santa Justa (que liga a Baixa à rua do Carmo, 30 metros acima) e apreciar Lisboa à noite, com o Castelo de São Jorge iluminado. Tudo isso de bermuda, camiseta e havaianas. Uma noite deliciosa depois de um dia quase perfeito (faltaram as castanhas...rsrs).
Uma bela maneira de se despedir de Portugal. Afinal, no dia seguinte foi só o tempo de tomar o café da manhã (ou pequeno almoço, como se diz em Portugal) e ir para o aeroporto.














































Em tempo: o Hotel que ficamos em Lisboa, o Corinthia é muito bom mesmo. Porém, a localização não ajuda muito, a não ser que seu único objetivo em Lisboa seja conhecer o zoológico. OK, é próximo do metrô, mas para quem viaja com crianças e idosos, talvez seja melhor tentar um hotel mais centralizado. Também tivemos dor de cabeça no check-out. Levamos quase uma hora para fechar a conta e na hora de sair do estacionamento também tivemos problemas com a catraca. O que é uma pena, pois é um bom hotel mesmo. Há alguns dias atrás descobri que a Ana Maria Braga e sua equipe, que estiveram em Lisboa mais ou menos na mesma época, também se hospedaram lá.

03/10 - Zoo de Lisboa e Cacém

Este dia foi dedicado à Marcela. Fomos a pé (pois o hotel ficava bem perto) para o Zoo de Lisboa. Este é um passeio que apesar de já ter sido feito várias vezes, a Marcela não dispensa nunca. E sempre chegamos lá na hora do show dos golfinhos e leões marinhos.
Apesar do show ser quase sempre o mesmo, a Marcela não se cansa de assistir. Acho que é porque ela sabe que no final pode ir tirar uma foto com o leão marinho, e sobretudo, pode passar a mão nele. E sempre que vamos tirar a foto, o raio do leão marinho apoia o queixo na minha cabeça.
O show dos pássaros também é bem legal de assistir. Eles ficam bem próximos da gente. Até alimentamos uma espécie de ema.
Ficamos o dia todo passeando pelo zoo, inclusive almoçamos por lá. O ponto alto, com certeza foi o passeio de teleférico. Nada de especial, é um teleférico que passa por cima do zoo, proporcionando às pessoas a visualização dos animais lá de cima. Já conhecíamos, já havíamos andado nele. Porém, minha mãe nunca tinha tido coragem de subir nele. A convencemos a andar dizendo que era gratuito e fomos subindo as escadas sem ela perceber que estava indo também. Quando chegou a hora de pegar o teleférico é que foi uma comédia. Ela teve que dar uma corridinha, e tadinha, nem está conseguindo andar direito, imagina correr... rsrsrs. Depois de subir, ficou o tempo todo perguntando como faria para descer. Nem curtiu o passeio, só pensando na descida. E esta foi bem mais tranquila do que ela imaginava, pois o rapaz do zoo a ajudou a saltar.
À noite fomos até o Cacém para rever as primas. Pena não termos tido mais tempo em Lisboa, pois reveríamos toda a família. Mas, para fazer tudo o que gostaríamos, teríamos que passar uns 3 meses em Portugal. Então, sempre deixamos alguma coisa para fazer numa próxima visita. Acho que é por isso que sempre voltamos...rsrsrs