Esta foi a segunda vez que passei a virada de ano aqui em Sampa. A primeira vez foi em 1999/2000, pois estava de plantão para o tal bug do milênio. Eu mais uns milhares de analistas de sistemas que tanto trabalharam naquele ano...
Lembro que naquela tarde de 31/12/1999 resolvi ir assistir a São Silvestre. Não vi quase nada, pois quando cheguei à avenida Paulista caiu o maior temporal.
Desta vez não foi diferente. A Marcela queria ir ver a corrida. Vi pela TV as mulheres largando com o tempo estável. O repórter disse que talvez a corrida terminasse sem chuva. Então, lá fomos nós, de metrô, para ir mais rápido. Quando chegamos vimos os últimos competidores largando. E foi só o que deu tempo para ver. A chuva caiu. Caiu bem forte. Nos abrigamos em uma banca de jornal, de onde assistimos a corrida por uma TV que lá havia. E nenhum brasileiro ganhou. Nem as mulheres, nem os homens.
Tivemos que comprar capas de chuva para poder voltar para casa. Já que não pulamos as 7 ondinhas no mar de Santos, tomamos banho de chuva na Paulista, a avenida mais paulistana de todas, e que neste ano completou 120 anos de existência.
Aproveitei para agradecer a São Paulo por tudo que me proporcionou e pela acolhida, que não foi tão calorosa como eu esperava, mas que não tenho do que reclamar.
À noite, em casa, nos vestimos de branco como manda a tradição. Arrumamos a mesa com toalha portuguesa, assim como o vinho. Jantamos e ficamos esperando a virada. Escutamos os fogos da Paulista bem de longe. Vimos os da praia de Copacabana pela TV. A Marcela ficou um pouco nervosa no princípio, mas depois se acalmou quando viu que aqui não soltam tantos fogos como em Santos. Lá em Santos, todos os anos ela começa a chorar um pouco antes da meia noite e vai chorando e gritando, e colocando as mãozinhas no ouvido até meia hora do dia seguinte. Parte meu coração e a festa perde todo o sentido para mim. Desta vez foi bem melhor. Deve ser um bom sinal. Que 2012 seja ainda melhor que 2011.
Feliz 2012!!!!
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